O paradoxo das decisões: dados e feeling na medida certa 

Janaina Bernardino, head de relacionamento e sucesso do cliente, compartilha seus insights para tomar decisões balanceadas entre razões e emoções.

Tomar decisões é como ser um trapezista! De um lado, temos os dados. Frios, precisos e calculistas, que nos orientam com a precisão de um GPS em uma estrada desconhecida. Do outro, temos o feeling, aquele toque humano que a experiência traz, nos sussurrando para virar à esquerda quando os números insistem na direita. O desafio? Saber quando confiar nos dados e quando ouvir aquela voz interna. Mas atenção, porque esse equilíbrio não é fácil de alcançar! Gerir com equilíbrio essas variáveis é essencial para evitar decisões conservadoras em excesso ou prematuras demais. Os dois cenários trazem riscos financeiros, comerciais ou estratégicos. 

Imagine que os dados são os sapatos que usamos nessa caminhada — eles nos dão firmeza e direção. Mas o feeling? Ah, o feeling é como o vento que sentimos no rosto, indicando quando é hora de correr ou de caminhar devagar. Um sem o outro, e corremos o risco de tropeçar ou, pior ainda, cair. Portanto, se a chave do sucesso é saber quando acelerar ou pisar no freio, os dados e o feeling são os nossos melhores copilotos nessa jornada de decisões assertivas. 

No mundo dos negócios, o feeling nos confere aquela intuição afiada e a capacidade de ler entre as linhas, que muitas vezes são invisíveis aos olhos dos números. É o que nos permite identificar tendências emergentes, antecipar movimentos do mercado, sinais de problema e, muitas vezes, tomar decisões ousadas que desafiam a lógica aparente. No entanto, os dados oferecem a precisão necessária para fundamentar essas decisões, garantindo que elas sejam sustentáveis a longo prazo e alinhadas com os objetivos estratégicos da empresa. 

A verdadeira maestria na gestão reside em saber quando confiar em um e quando recorrer ao outro para confirmar uma percepção. Decisões guiadas exclusivamente pelo feeling podem resultar em ações impulsivas e arriscadas. No Brasil, os dados do último IBGE revelam a dificuldade de tomadas de decisões bem fundamentadas. Os dados mostram que 80% das Empresas decretam falência no primeiro ano e 60% nos primeiros 5 anos. A boa gestão indica que é necessário usar dados que sedimentem percepções e confirmem hipóteses nutridas pelo feeling. 

Por outro lado, a dependência excessiva de dados pode levar à paralisia por análise ou à perda de oportunidades que só um olhar humano poderia capturar. Equilibrar esses dois elementos é, portanto, um exercício de arte e ciência, onde o gestor deve atuar como um maestro, harmonizando a intuição e a análise quantitativa para criar uma sinfonia de decisões bem fundamentadas. 

Nesse contexto, a adoção de tecnologias avançadas de análise de dados, como machine learning e inteligência artificial, pode amplificar a capacidade de um gestor de interpretar grandes volumes de informações, sem perder de vista o fator humano. Em última análise, são essas decisões equilibradas, informadas tanto pelo poder dos dados quanto pela sensibilidade humana, que garantirão a resiliência e o crescimento sustentável da organização moderna, inovadora, financeiramente sustentável e bem sucedida. 

Na Quanta, esse equilíbrio entre dados e intuição está no centro de nossa filosofia de gestão. Acreditamos que as melhores decisões surgem quando combinamos a análise rigorosa dos dados com a sensibilidade do feeling humano. Todos os nossos colaboradores são incentivados a intraempreender, com a liberdade de experimentar, aprender com os erros e ajustar o rumo rapidamente. Essa mentalidade de inovação ágil, aliada a uma base sólida de dados, nos permite crescer de forma sustentável e alcançar o sucesso nos produtos e serviços que oferecemos aos nossos mais de 200 mil participantes.